quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O livro

Você já leu Sujeito oculto e demais graças do amor? Quer fazer algum comentário? Aqui é o lugar! Mas, por favor, não conte o fim...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Book release / Lançamento 1


These reports will be posted first in (bad) English and then in Portuguese. I’ve promised some foreign friends who don’t speak Portuguese that I would report the book signing evening. So, this is a promise that I am paying.

Este post bilíngüe é o pagamento de uma promessa: eu disse a alguns amigos estrangeiros que (ainda) não falam português que contaria como foi o lançamento.
P.S.: Veja mais fotos do lançamento no link

Book release / Lançamento 2

São Paulo is anything but a small city: 11 million people live here. In spite of the great number of people, it is very difficult to convince someone to face the crowded streets to go anywhere. That´s why everyone who bravely crossed the crazy traffic jam last week (December, the 3rd) made me incredibly happy. Well, “ happy” is not the accurate word for what I felt.

(still sunshine) (ainda de dia)

São Paulo pode ser qualquer coisa, menos uma cidade pequena. Mas fazer com que parte dessa multidão enfrente as ruas lotadas para ir para a qualquer evento é uma tarefa hercúlea. É por isso que fiquei extremamente feliz com todos os que venceram o engarrafamento da quarta-feira, 3 de dezembro, para irem ao lançamento de Sujeito oculto e demais graças do amor. Bom, talvez “feliz” não seja a palavra que eu procurava.

Book release / Lançamento 3


Let me try to be more objective: writing is a solitary act. I need to feel alone to write, even if there are lots of people around me. I need to be focused. I need to be by (and with) myself. The same thing happens with reading. It is impossible to read – really read – and have someone talking to you, or the TV on, or playing guitar. Reading and writing both require solitude.

Vou tentar ser mais objetiva: escrever é um ato solitário. Ainda que haja pessoas ao redor, o ato da escrita exige concentração, exige cumplicidade com as palavras, com os personagens e, para isso, a dedicação tem de ser exclusiva. Com o ato de leitura ocorre o mesmo: é impossível ler – de verdade – e conversar com alguém ao mesmo tempo, ou assistir televisão, tocar violão... Tanto ler quanto escrever exigem solidão.

Book release / Lançamento 4


The text may be finished, but the loneliness not. Afterwards, I needed to contact the editor, wait for a decision, make changes on the text and work on the production of the book. In short, I had to help the amazing and delightful transformation of letters in the computer, into pages on a book.


(they are already good readers)
(lendo desde cedo)

Quando terminei de escrever o livro, nada mudou. Houve todo o processo de conversa com os editores, pequenas mudanças no texto, acompanhamento do ato de produção. Em resumo: assistir a maravilhosa transformação de letras no computador para páginas em um livro.

Book release / Lançamento 5

When I was really sure that the story was coming to life (a story comes to life when it leaves one person and reaches everyone who wants to be reached), the whole experience changed. What was loneliness became a space to share. I am sharing with the world a story born long time ago, when I start to write fiction. So what was private became public. The individual became collective. That’s why the word “happy” is not enough: in the book signing event I was truly ecstatic.

Quando finalmente eu tive certeza que a história ganharia vida (isso ocorre, creio, quando ela escapa da mão de um para ser acessível a todos), a experiência mudou completamente. O que era solidão virou espaço para compartilhamento. Estou dividindo com o mundo uma história que começou há tanto tempo... quando escrevi as primeiras linhas de ficção. O que era privado tornou-se público. O individual fez-se coletivo. Assim, a palavra “feliz” não é suficiente: no dia do lançamento eu estava em verdadeiro estado de graça.



quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Obrigada!

Eu não sei se você já lançou um livro. Sujeito oculto e demais graças do amor foi o meu primeiro. Ou primeiro solo, pelo menos. Estou acostumadíssima a esses eventos: além de trabalhar em uma editora (a Contexto), eu sou filha de dois profícuos autores. Mas tanta vivência prévia não me fez saber o que me esperava. Eu realmente não imaginava que ficaria tão, mas tão feliz. Por ora, deixo a emoção falar sozinha. Mais para frente coloco outro post com um pouco mais de informações... Segue uma fotinho para adiantar o expediente.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

TV

O livro pronto e a divulgação já começou. No próprio dia do lançamento, farei uma entrevista para o programa "Atitude" da TV Brasil. O tema do programa é Nunca te vi, sempre te amei e eles acharam que o Sujeito oculto tem tudo a ver com o tema. Bom, Jussara e Francisco se viram sim e muitas vezes. Mas tudo começou com uma admiração do tamanho de um trem. E dali para um jogo delicioso e perigoso de sedução escrita. E mais não conto. Quem quiser assistir, o número do canal varia. Em São Paulo, pela NET é canal 4. Mais informações no site http://www.tvbrasil.org.br/ . O programa vai ser ao vivo, dia 3, e a entrevista acontecerá às 18h15.

Nasceu!


Pois é, o livro já chegou, está comigo e é lindo. Ficou elegante, com um projeto gráfico muito interessante... Ok, sei que sou suspeita. Espero, agora, a opinião de vocês, sobre forma e conteúdo. E, ao lado, o convite para o lançamento. Será na próxima quarta-feira, 3 de dezembro, das 18h30 às 21h30 na Livraria da Vila da Fradique Coutinho (número 915).

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Francisco, mas pode me chamar de Juan Antonio

Venero cinema, adoro entrar em uma sala escura onde tudo pode acontecer e, em duas horas, sentir minha vida mudar. Na tela da minha sala, pequena, mas sobretudo isenta da sensação permanente da dúvida, não sinto o filme como um personagem. Assim, fui ver, a uma hora atrás, Vicky Cristina Barcelona com expectativa de surpreender-me com Woody Allen, o que não acontecia desde o sombrio e brilhante Match Point – com suas referências prenunciando a desgraça, sem, no entanto, tirar o mistério. E o expectador, tal qual o leitor de Lolita não sabe bem para quem torcer, apesar do “cara mau” estar evidente.

Vicky Cristina Barcelona tudo foi diferente. Eu esperava uma comédia – assim vem dito nas reportagens – mas não vi uma comédia. Sim, os diálogos que vão do espanhol (por vezes nem traduzidos em legenda) para o inglês, voltam para o espanhol, novamente o inglês podem ter lá sua graça. Mas isso nem de longe é o principal. Há humor, não comedia. Há sorrisos, não gargalhadas. Não há, também, surpresa ou pelo menos uma grande surpresa, mas há o contraponto com a sombra. A Londres sombria dá lugar a cor, muita cor, luz. Luz nas telas, nas fotos, na sensualidade das três mulheres. Mesmo nas pequenas tragédias há sol e cores.

Afinal, é verão em Barcelona. Não há desgraça que vença o verão em Barcelona. Seja para quem nunca “se encontra” (Cristina), seja para quem “se encontra” na marra (Vicky). Ah, Barcelona. As cores de Barcelona. Por certo, eu ainda não sei dizer se o filme realmente mudará minha vida. Mas tenho a dizer que me tornaria alegremente Juan Antonio (Javier Bardem). Ao menos por alguns dias. E você, consegue se ver na pele de algum personagem de cinema?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Lenta gestação


Como todo autor, estou louca para pegar meu livro nas mãos. Tatear. Ver físico, não mais virtual ou em provas, folhas soltas. Segundo a minha editora, ele já está na gráfica. E assim papel e tinta, matéria-prima de tantos, vai se tornar naquele único. Mistura de pensamento, vontade, idéias, experimentos, risos, choros, nervoso, calmaria, noites mal (ou não) dormidas. Conversas que mudaram o rumo do livro. Pois bem, estava eu pensando no livro pronto, quando brincando no google descubro que ele já está à venda. Ou melhor, em pré-venda. Isso significa que alguns sites já o oferecem, mas avisam: “disponibilidade no fim do mês”. É. Sujeito Oculto está chegando. E pensar que o escrevi há mais de dois anos. Já que o lançamento aparece em sites de busca, resolvi compartilhar a capa dele – de onde o título deste blog foi inspirado. E aí, você gostou?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

conto inédito - Nudez

(Como prometido, segue abaixo um conto inédito. Comentem!)

Nudez

por Luciana Pinsky

Peça por peça você foi tirando. Aos poucos. Devagar. Era inverno, eu de casaco, o casaco se foi. A malha, vermelha. Fora. Meia calça de lã. Preta. Foi-se. E a saia verde escura. No sofá. Você tirava e eu deixava. A blusa, colada. Chão. Até o momento em que só as peças íntimas sobraram. Quinze graus, mas eu não tinha frio. Você pedia, eu fazia. Você mesmo não tirava sua roupa. Calça, camisa. Eu cada vez mais nua. Um tanto que nem imaginava um dia ficar, sem pudor, na varanda de casa. E você pediu para eu dar uma volta. Dei. Não aqui: uma volta na rua. Rua? Até a padaria. E eu fui. Daquele jeito. Mais nua impossível. Apenas com chinelo de dedo e protetor solar no rosto, recomendação da dermatologista mesmo no frio. Ainda tentei um chapéu, mas você disse que não, que iria estragar tudo. E eu fui. As pessoas me olhavam. Umas riam. Outras desviavam a vista. Outras, ainda, ensaiavam falar comigo. Mas eu andava rápido, decidida, desafiante, e ninguém me parou. Comprei o pão e o leite que me pediu e voltei. Você não estava lá. E eu, nua, com a sacola de pão e leite na mão. Percebi-me nua com a sacola de pão e leite na mão.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Virtual é real?

Escrever é uma paixão tão absurda que conversar por palavras digitadas exerce em mim um estranho fascínio. Quando começamos a nos corresponder, ele me parecia mais perto do que se tivesse ao meu lado, no meu sofá, na rede da minha varanda. Ele sabia tanto de mim e eu queria contar mais e mais.

E você, gosta de encontros virtuais? Gosta de escrever? Conhece alguém só por escrito? Para você é mais fácil falar ou escrever? Conte a história aqui no blog que eu convenço a Luciana a colocar um post com a mais interessante.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

primeiro (?) encontro (?)

Prometi e cumpri. Aqui estou, tentando entender a informática complicada (ou será só para mim?) de blogueiro para poder contracenar (dialogar, quero dizer) aqui. Bom... e começo pedindo ajuda. O livro começa com alguém (não conto quem nem amarrado!) dizendo:

- Ontem eu a vi andando na rua. Não era você, claro, mas na minha fantasia deve ter sido você aos 15 anos. Deve ter sido você um pouco antes de eu conhecê-la, eu via tudo lá.

Já aconteceu isso com você? De ter certeza de ter visto alguém, mas saber que não poderia ser a pessoa? De morrer de vontade de conversar, mas ter medo de fazer um papel ridículo? Ah, diga-me que isso não foi só comigo...

Sujeito oculto e demais graças do amor

Não quero contar demais para não estragar a surpresa... Aí em cima, no título do blog, está um detalhe da capa. Mais para frente coloco ela inteirinha. Mas antes, conto um pouco do romance. É um livro sobre o tempo dos vários encontros de Jussara e Francisco, tanto os presenciais como os virtuais. A troca entre eles não acontece apenas ao vivo e a cores, mas por meio de cartas, e-mails e textos, muitos textos. E por ora está bom. Eles prometeram para mim colocar alguns trechinhos sempre que possível.

Ah, o livro chega às livrarias em meados de novembro. Mas o lançamento será no dia 3 de dezembro, uma quarta-feira, na livraria da vila da Fradique Coutinho (número 915), Vila Madalena, São Paulo. Por sinal, bem no meu aniversário.

Começando...

Nunca tive blog, apesar de ser colaboradora do blog do noblat há alguns há anos. Por insistência de Francisco e Jussara decidi construir este Sujeito oculto para dividir com vocês alguns dos textos ficcionais que venho publicando desde 2003. E, principalmente, para contar um pouco do livro que estou lançando pela editora Record no próximo dia 3 de dezembro: Sujeito oculto e demais graças do amor. Não, não é coincidência: Jussara e Francisco são os protagonistas do romance. E com eles divido as postagens neste blog. Mas conto com a colaboração de todos nesta viagem ficcional. Escreva, colabore, conte, divulgue, esteja presente.