terça-feira, 20 de outubro de 2009

Nomes


(nova crônica)

por Luciana Pinsky


– Fernanda.
– Ih, não dá.
– Tatiana.
– Nem pensar.
– Sofia.
– O nome é lindo, mas… Olha, vamos pensar em nomes masculinos. Cléber.
– Uh.
– Pedro.
– Tsc tsc.
– Sérgio.
– Vai acento.
– Como?
– O nome é acentuado. Paroxítona terminada em ditongo. Não dá para usar acento no nome do coitado, porque com essas regras que estão por aí, tudo pode mudar a qualquer momento e babau.
– Babau?
– É. Fica com nome errado. Não dá. Você jornalista, eu professora de português. Pega mal.
– E Francisco? Não tem acento e duvido que você tenha namorado um Francisco.
– É. Não namorei mesmo. Mas... não sei, algo me diz que não é bom nome. Ah, lembrei. Eu tinha um amigo Francisco. Gente boa. Mas ele era tão complicado, mas tão complicado que depois de duas horas de conversa com ele minha cabeça entrava em transe e eu tinha de tomar um milk-shake para voltar ao normal. Engordei uns cinco quilos em dois meses. Aliás, já estou com vontade de milk-shake de chocolate só de lembrar. Ah, vamos voltar a nomes femininos. Quem sabe? Ana.
– Nananinanão. Marcelo?
– É o nome do seu sobrinho, esqueceu?
– Ah, é. Ricardo.
– Ricardo. Vamos ver. Ricardo. RICARDO. Ri-car-do. Ri... Uh. Não soa mal.
– Também gostei. – Moço, vamos ficar com o coelho macho.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

comentário simpático

Viajo pouco pela blogsfera. Mas de vez em quando me deparo com alguns comentários muito simpáticos sobre Sujeito oculto. Eis um aqui:
Vejam este: http://pap-pel-de-papel.blogspot.com/2009/10/esses-dias-estava-na-livraria-com-meu.html