(crônica nova)
Por Luciana Pinsky
O avião ao longe me distrai do livro sobre livro, da história da História da história, no qual avanço ora sôfrega, ora trôpega. Quero-me no outro quarto onde sua respiração me convida. Imagino suas mãos no teclado, um tanto quanto pesadas. A batida que desespera os técnicos eletrônicos é um dos seus maiores encantos. A música que só você ouve, uma linguagem na tela que só você entende. Você me escancara meus tantos analfabetismos contra tão poucos letramentos.
Agora o cachorro late por seu jantar e eu troco o livro egocêntrico por outro que me leva mais uma vez à Grécia. O berço de tudo que já inventaram e vão inventar... salvo, talvez, o pós-moderno e o Carnaval. Sei não. Daqui a pouco alguém vai dizer que Aristóteles era mestre-sala. E de tanto viajar para aquela península, o grego de 25 séculos atrás me parece mais familiar que esses estranhos códigos que você espreme do sofrido teclado. Que força!
Exaustos, nos encontramos na sala. E subitamente, a epifania: viro expert em HTML e você fluente em grego antigo.
2 comentários:
Que contextualziação magnífica bela. Arrebatador com osempre. Beijos . Parabéns pelo texto. boa semana
Epifania, milagre, iluminação, não ... apenas uma ideia e o texto está pronto, Adore!!!!!
BJS
Cal
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